Dor crônica na região lombar pode ser sinal da osteofitose

Condição é mais conhecida como “bico de papagaio” e é consequência da osteoartrose que afeta a coluna

Da Redação | outrosquinhentos.com | São Paulo

Certamente, você já ouviu falar do “bico de papagaio”, termo popular para a osteofitose. Trata-se de uma doença musculoesquelética ligada ao processo de degeneração e desgaste da coluna, a osteoartrose.

Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Pilates e RPG, com o desgaste dos discos da coluna vertebral, típico do processo natural do envelhecimento, ocorre uma instabilidade nos segmentos da coluna.


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“Com isso, os movimentos se alteram. “O corpo, em uma tentativa de estabilizar e fundir o segmento da coluna atingido por essa condição, faz crescer um osso, chamado de osteófito”.

“A partir desse processo, ocorrem formações ósseas nas bordas das articulações, na frente ou para o lado do disco intervertebral. Quando o paciente é submetido a um exame de imagem, essas formações lembram um bico de papagaio, por isso é conhecido por esse termo”, comenta Walkíria.

Lombar é mais afetada

A região lombar costuma ser a mais afetada pela osteofitose, embora possa ocorrer em qualquer outro segmento da coluna. Normalmente, há rigidez da coluna e pressão dos nervos e dos músculos que fazem parte da região afetada. Por essas razões, a dor é o principal sintoma da osteofitose.

Má postura ao longo da vida aumento risco

“Embora o envelhecimento tenha um papel importante no desenvolvimento da osteofitose, a adoção de posturas incorretas ao longo da vida é a principal causa da doença. Outros aspectos podem influenciar, como hereditariedade, má postura, excesso de peso, sedentarismo, fraturas e doenças reumáticas”, explica Walkíria.

“Todas essas condições promovem o desgaste das articulações cuja consequência é a calcificação vertebral. Infelizmente, é um processo irreversível e progressivo. Ou seja, é uma condição crônica e tende a piorar ao longo do tempo”, adiciona.

Fisioterapia é essencial

Quando a doença já está instalada, a fisioterapia é essencial para melhorar a dor e para recuperar a estabilidade da coluna.

“O osteófito não pode ser removido. O tratamento fisioterápico tem como foco o fortalecimento da região da coluna, a melhora da amplitude de movimento e da flexibilidade e, acima de tudo, a correção das posturas”, reforça a especialista.

“Nesse sentido, a Reeducação Postural Global (RPG) é excelente para ajudar o paciente a corrigir a postura. Já o Pilates também pode contribuir em diversos aspectos, com a vantagem de poder ser adotado como uma atividade física permanente”, diz Walkíria.

Mudança de hábitos pode prevenir

A maioria da população não tem consciência da má postura. “Infelizmente, passamos a vida toda adotando posturas incorretas. Muitas vezes, nem percebemos. Contudo, esses maus hábitos refletem lá na frente, quando começamos a envelhecer”, reforça a fisioterapeuta.

O que você pode fazer para prevenir a osteofitose

  • Adotar posturas adequadas para cada movimento do dia a dia

  • Perder peso

  • Realizar uma atividade física regularmente (5 ou mais dias da semana)

  • Praticar Pilates

“Outra maneira de prevenir a osteofitose é procurar um fisioterapeuta para uma avaliação da postura. Podemos agir para não desenvolver a condição. Várias técnicas da fisioterapia podem ajudar o paciente a melhorar e a corrigir as posturas”, finalizada Walkíria.

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