Pessoas surdas são plenamente capazes de realizar a maioria das atividades profissionais
por Leandra Vianna, para outrosquinhentos.com
A surdez afeta cerca de 10 milhões de pessoas no Brasil, segundo uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Por esse motivo, foi criado desde 2008 o Dia Nacional do Surdo, celebrado em 26 de setembro (data da criação da primeira escola para surdos do nosso país, em 1857), para conscientizar sobre a importância da inclusão social dos deficientes auditivos e simbolizar a luta pela acessibilidade comunicativa.
O assunto voltou a ser debatido pela sociedade em 26 de setembro de 2019, quando Benedita Zerbini, filha da atriz Regina Casé, revelou a sua deficiência auditiva no programa Conversa Com Bial, apresentado pelo jornalista Pedro Bial na Rede Globo.
Oito tipos de surdez
Existem hoje oito tipos de surdez reconhecidos pelos otorrinolaringologistas:
1 – Perda auditiva relacionada à idade;
2 – Perda auditiva induzida por ruídos (PAIR);
3 – Perda auditiva causada por infecções;
4 – Perda auditiva causada por alterações na tireoide;
5 – Perda auditiva relacionada a medicamentos;
6 – Perda auditiva causada por perfuração de tímpano;
7 – Surdez congênita (quando a criança nasce surda).
8 – Perda auditiva transitória (temporária, por exposição ao ruído ou infecções).
De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão (artigo 93, lei 8.213/1991 ), as empresas com mais de 100 funcionários devem ter entre 2% a 5% do seu quadro composto por pessoas com deficiência.
Segundo o Ministério do Trabalho, quase 80 mil pessoas surdas têm carteira assinada no Brasil, sendo a segunda deficiência com maior índice de empregabilidade no país.
Sabemos que para os surdos se comunicarem, existe a Libras (Língua Brasileira de Sinais). Pensando nisso, a empresa Lume Fono, de São Caetano do Sul (SP), irá oferecer, a partir de 1° de março, um treinamento em Libras para empresas e profissionais que já têm ou querem incluir pessoas com deficiência auditiva em suas equipes.
Surdos podem atuar em qualquer área de uma empresa?
Cristiane S. Calciolari, intérprete e instrutora de Libras da Lume, esclarece essa dúvida e propõe alternativas de acessibilidade.
“Ensinamos Libras a alguns funcionários de contato direto com os empregados surdos e a alguém do RH, pois é onde eles tiram as dúvidas trabalhistas. Se a empresa não tem tempo ou não pode capacitar sua equipe, podemos disponibilizar um intérprete de Libras sempre que a firma solicitar”, explica.
Sobre as áreas de atuação, Calciolari esclarece: “Depende da área onde o surdo irá trabalhar. Se ele for para a linha de produção de uma indústria, por exemplo, os treinamentos de incêndio têm que ter alarmes visuais, como uma luz piscando junto com a sirene. Por conta da dificuldade com a língua portuguesa, os surdos dificilmente trabalham em áreas administrativas ou de contato com o público”.
A intérprete de Libras afirma que a tecnologia é inclusiva. “Os smartphones agora são mais utilizados, pela facilidade de chamadas de vídeo, que possibilitam o uso da Libras”, finaliza.
Saiba mais sobre a Língua Brasileira de Sinais em: libras.com.br
Se você precisa de consultoria para introduzir profissionais surdos na sua empresa, faça contato com a Lume pelo site www.lumefono.com.br ou whatsapp (11) 97080-5932.
Treinamento em LIBRAS
Data: Início em 01/03, todas às segundas-feiras (carga horária de 40hs)
Horário: Das 20h15 às 22h30.
Local: Clínica Ceccato
Rua Amazonas, 975 – Bairro Santo Antonio – São Caetano do Sul/SP
As inscrições no treinamento em Libras podem ser feitas pelo Whatsapp (11) 97080-5932.
Nesta apresentação de fim de ano com a música Para não ser Triste, composição de Edson Borges, com iniciativa da Lume e N.A.S.C.E., você pode ver a riqueza e a importância da Linguagem Brasileira de Sinais, que deve ser cada vez mais incentivada a ser incluída no nosso dia a dia e nas rotinas de empresas, indústrias e comércio em geral.
