terça-feira , 22 outubro 2024
Educação

Meu filho está fazendo birra, e agora?

Psicóloga comportamental explica qual é a melhor maneira de reagir à birra das crianças 

Psicóloga comportamental explica qual é a melhor maneira de reagir à birra das crianças 

A criação de filhos evolui com cada geração, refletindo mudanças sociais, expectativas e abordagens parentais. A geração dos baby boomers enfatizava casamentos tradicionais e estabilidade financeira, enquanto a geração X viu um novo paradigma, com mulheres buscando independência e carreiras. Atualmente, os pais enfrentam a pressão de criar filhos sem lágrimas, o que, muitas vezes, leva a birras. A psicóloga comportamental Priscilla Souza oferece insights sobre o fenômeno e como os pais podem lidar com ele.

O Medo de Ver as Crianças Chorarem

A ansiedade dos pais ao verem seus filhos chorando é uma preocupação comum na sociedade atual. A busca por proteger as crianças da frustração resulta frequentemente em birras, quando os desejos não são atendidos. Priscilla Souza, psicóloga formada pela UNESP Bauru e pós-graduada em terapia comportamental pela UFSCAR, destaca: “Os pais ficam apavorados vendo uma criança chorando.”

A pressão sobre as crianças para atenderem a padrões elevados é um fardo que os pais frequentemente impõem. Priscilla ressalta: “Deve falar e escrever perfeitamente, ir bem em todas as matérias da escola e, além disso, ser um bom esportista.” As crianças enfrentam expectativas que, muitas vezes, não podem expressar.

Priscilla enfatiza que o choro é uma parte vital do desenvolvimento infantil, uma maneira de expressar sentimentos, sejam eles de dor, frustração ou rebeldia. Birrar é o direito da criança de protestar contra o que discorda.

O Dilema dos Pais

O problema surge quando os pais, assustados com as birras, cedem às expectativas da criança. Esse comportamento pode estabelecer um ciclo prejudicial, onde as birras se tornam uma maneira eficaz de obter o que desejam.

Priscilla ressalta que birras fazem parte do desenvolvimento infantil. A abordagem mais eficaz é explicar à criança que é aceitável sentir raiva e protestar, mas que suas expectativas nem sempre serão atendidas. A frustração faz parte da vida e não deve ser evitada. Através dessas experiências, as crianças aprendem a lidar com emoções, preparando-se para uma vida adulta mais equilibrada e emocionalmente saudável. A birra não é um sinal de sofrimento, mas uma expressão. O entendimento disso é essencial para criar uma nova geração de indivíduos emocionalmente conscientes.

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